Tratar algum sintoma com remédios naturais não é novidade. Há tempos nossos antepassados buscam, na natureza, alternativas para ajudar na insônia, parar amenizar a dor de cabeça, ou qualquer outro incômodo no corpo.
Com a evolução da medicina, a prática foi deixada de lado, e muitas pessoas passaram a consumir remédios de farmacêuticas. Mas o custo elevado e a mudança de comportamento da população, que a cada dia que passa procura uma vida mais saudável, fez com que as pessoas voltassem a procurar alternativas naturais para cuidar da saúde.
Entre essas alternativas, a mais falada do momento é a aromaterapia, uma técnica natural que utiliza o aroma e as partículas liberadas por óleos essenciais para estimular diferentes partes do cérebro através do olfato.
Mas de onde vêm esses óleos essenciais? Maria Luana Ferraz, consultora de bem estar e estudante da técnica explica que “os óleos essenciais são moléculas aromáticas que dão às plantas o seu aroma distinto, e são destiladas a vapor a partir das plantas”. Ela ainda diz que “apenas cerca de 10% das plantas do mundo produzem óleos essenciais”.
Os óleos atuam principalmente na nossa mente, promovendo o relaxamento, acalmando a tensão e os nervos, aumentando os sentimentos positivos e ajudando a diminuir o estresse. Mas também podem contribuir para o nosso sistema imunológico, cardiovascular e digestivo. Podem ainda auxiliar no metabolismo saudável, melhorar a aparência da pele, purificar os sistemas corporais, repelir insetos… Cada óleo é composto de muitos constituintes naturais com várias propriedades, e por isso, os óleos essenciais podem afetar o corpo a mente de diversas maneiras.
E para quem ainda não acredita muito na eficácia do produto, tem consumidor garantindo que funciona mesmo. Elizabeth Rodrigues é nutricionista, e conta que decidiu usar os óleos há cerca de três meses. “Eu tenho dificuldade de dar para o meu filho qualquer medicamento que seja por via oral. Aí, conheci os óleos essenciais em uma reportagem que assisti, fiquei curiosa e fui pesquisar, achei que seria uma boa alternativa para cuidar do meu filho. Vi que existem óleos essenciais para vários fins. E decidi começar a usar na minha casa, por meio de um difusor, os óleos de lavanda, para auxiliar no sono, e de peppermint, que ajuda nas dores e no trato respiratório.”
Ela ainda conta que o resultado veio mais rápido do que esperava. “Foi incrível! Notei resultado logo na primeira vez que usei. Hoje melhorou bastante o sono de toda a minha família, e não temos mais gripes, dores musculares, e nem crises de sinusite.”
Os óleos usados por Elizabeth estão entre os mais procurados pelos clientes de Luana. O de lavanda é o campeão. “É o óleo essencial mais vendido do mundo por muitos motivos. Um deles é o seu poder ansiolítico. Muitas pessoas que me procuram diariamente apresentam quadros de ansiedade, depressão, estresse, insônia, e isso tudo se agravou durante a pandemia em que estamos vivendo atualmente. Sem sombra de dúvidas ter um método natural, mas que seja um aliado poderoso para tudo isso, é fantástico né?”, diz ela.
Mas a consultora faz um alerta: não é porque é algo natural que as pessoas podem usar de todo jeito. Um dos principais cuidados é adquirir um produto que seja realmente de grau puro e terapêutico. E o outro, é saber que, para cada pessoa existe uma indicação de uso diferente. “Além de ser aromática, podemos passar o produto direto no corpo ou ingerir. Lógico que é necessário conversar com cada pessoa pois cada um apresenta a sua particularidade. Os óleos essenciais são naturais, maravilhosos e seguros, mas o bom senso ainda é importante. Eu sempre bato na tecla com quem me procura sobre a quantidade certa que se deve usar, que é necessário entender a ação prevista de cada óleo essencial, as áreas sensíveis, sobre a diluição dos óleos essenciais também, assim como problemas médicos, interações medicamentosas, enfim, não é porque são naturais que devem ser usados de toda e qualquer forma. É preciso consciência, menos é mais. Sempre prezo pelo uso seguro e eficaz dos óleos essenciais e alerto sempre que existe algo chamado bioindividualidade, ou seja, cada indivíduo é único. Se deu certo pra você de uma forma, pode não dar certo para outra pessoa daquela mesma forma.”
A essência extraída das plantas parece ser uma boa opção para quem quer cuidar da saúde e do bem estar apostando em uma alternativa mais natural. Mas Luana reforça: tem doença que precisa da medicina tradicional. “Muitas vezes a aromaterapia será apenas um complemento para ajudar em determinadas causas. A técnica é uma forma integrativa, que veio para somar. Sempre indico procurar o médico e não suspender a medicação sem antes conversar com ele.”
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