Membros da Academia de Letras do Sertão Pernambucano -Foto: reprodução.
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Academia de Letras do Sertão Pernambucano abre inscrições para coletânea de poesias

A região do sertão do Pajeú é rica em cultura e tradições. Entre elas, está a prática de fazer rimas dando forma a poemas que retratam, principalmente, o dia a dia e costumes nordestinos. E não é difícil de encontrar por aqui quem tem o dom da poesia.

Pensando nisso, a Academia de Letras do Sertão Pernambucano abriu inscrições para poetas e poetisas participarem da construção do livro “ALESPE, Sertão e Poesia”. A idéia do projeto é unir poemas de autores de todo o Brasil.

De acordo com José Amaurilio de Souza, membro da ALESPE, cada inscrito deverá glosar três motes indicados do edital, além do mote sobre a Academia. “O primeiro mote é ‘Eu sou mais um peregrino, Das terras do meu Sertão’, do Poeta Antônio Carneiro de Tuparetama. O segundo ‘ Quando tudo parece estar perdido, Vem a chuva e começa a invernada’, de João Luckwu de Serra Talhada, e o terceiro ‘Só quem pisa este chão esturricado, É quem sabe os problemas do sertão’, de Rui Grúdi também de Serra Talhada”, explica ele.

Todos os inscritos serão co-autores e receberão um certificado atestando a sua participação. A inscrição não terá custo. Todo o material deve ser enviado para o e-mail j.amaurilio@hotmail.com, junto com uma pequena biografia, de no máximo 10 linhas do autor, junto com uma fotografia.

O lançamento do livro será no dia 28 de agosto deste ano, durante uma live beneficente para arrecadar alimentos que serão doados a Pastoral da Caridade da Paróquia Nossa Senhora da Penha de Serra Talhada.

Depois da live, quem quiser adquirir a obra também poderá comprar nas plataformas digitais ou através da ALESPE, ou entrando em contato com José pelo WhatsApp (87) 9 9810-0250.

As inscrições vão ate o dia 15 de julho.

 

Confira abaixo o edital completo:

1.Todos os poetas receberão um certificado como co-autor do livro.

2.Todos os presentes devem autorizar o uso de imagem e som, através de LIVES, fotografias e/ou quaisquer tipos de registros para arquivo, bem como para divulgação da  COLETÂNEA DE POESIAS DA ALESPE, nas redes sociais e canais da internet e na imprensa escrita e radiofônica e televisionada;

  1. A comissão do projeto terá a palavra final sobre eventuais divergências.

 

  1. O sumário das glosas será em ordem alfabética.

 

  1. Os motes e as glosas NÃO PODERÃO ter sido publicados sob pena de serem considerados plágios.

 

  1. Cada uma das glosas deve ser escrita em 10 (DEZ) versos (DÉCIMAS), incluindo os 2 (DOIS) versos do mote ao final da glosa ou o primeiro verso do mote como o 4º verso da glosa e o segundo verso do mote no final da estrofe.
  2. Cada uma das glosas deve obedecer ao modelo do esquema de rimas da ESPINELA, também conhecida como ESPANHOLA (ABBAACCDDC), modelo de esquema de rimas para estrofes em décimas, criado pelo poeta espanhol Vicente Espinel (* 28 de dezembro de 1550, + 4 de fevereiro de 1624).

 

  1. Nas glosas com motes decassílabos, todos os versos devem obedecer a acentuação rítmica dos versos de Martelo, modelo rítmico de versos decassilábicos com acentuações tônicas obrigatórias nas sílabas poéticas de números 3, 6 e 10, criado pelo poeta italiano Pedro Jaime Martelo (tradução livre do italiano Pier Jacopo Martello (* Bologna, 28 de Abril de 1665, + Bologna, 10 de Maio de 1727).

 

  1. Na COLETÂNEA DE POESIAS DA ALESPE, para as glosas com o mote em versos setessílabos (redondilha maior), não exigiremos acentuação rítmica.

 

  1. Ao fazer a sua inscrição na COLETÂNEA DE POESIAS DA ALESPE, todos os participantes concordam com as regras estabelecidas, bem como estão cientes de que, exclusivamente para a publicação da coletânea de glosas da COLETÂNEA DE POESIAS DA ALESPE, liberam os seus direitos autorais e de imagens em apoio à cultura popular e para a realização das futuras coletâneas.

 

  • MOTES A SEREM GLOSADOS NA COLETÂNEA DE POESIAS DA ACADEMIA DE LETRAS DO SERTÃO PERNAMBUCANO:

 

– MOTE 01
“Eu sou mais um peregrino
Das terras do meu Sertão”

(Poeta Antônio Carneiro – Tuparetama PE)

-MOTE 02
“Quando tudo parece estar perdido
Vem a chuva e começa a invernada”

(João Luckwu – Serra Talhada-PE)

-MOTE 03:
“Só quem pisa este chão esturricado
É quem sabe os problemas do sertão”

(Rui Grúdi – Serra Talhada-PE)

Além dos motes acima, também faz parte da coletânea, homenagem com desenvolvimento de estrofe sobre a ACADEMIA DE LETRAS DO SERTÃO PERNAMBUCANO. O mote para a glosa da academia segue abaixo:

“No cultivo da língua e da cultura
Brilha a ALESPE nas artes do sertão”

(José Amaurilio – Serra Talhada-PE )

 

Sobre o Autor

Caren Diniz

Caren Diniz é jornalista formada em 2010 pela Universidade Paulista. Nascida e criada na capital de São Paulo, se mudou para Serra Talhada em 2011, e desde então, atua em veículos de comunicação locais, como a rádio Cultura e a Tv Asa Branca, afiliada Rede Globo.
Caren costuma escrever sobre jornalismo diário, e destaca histórias de personagens locais.

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