Muitas mulheres, que já fizeram ou ainda fazem tratamento para o câncer de mama, têm medo de realizar alguma atividade física com receio de surgir ou agravar o linfedema; quando o vaso linfático é incapaz de drenar adequadamente o fluido corporal. O que é normal, já que é uma das complicações mais comuns nesses casos.
No entanto, em um recente estudo feito por pesquisadores norte-americanos, não foram encontrados nenhum sinal, ou indícios, de que a prática de uma atividade física regular para pacientes oncológicas, focados nos membros superiores, cause linfedema, pelo contrário, traz benefícios.
É o que nos explica a Educadora Física, Maria Carmen, que atua como personal trainer de pacientes com câncer de mama. “Vários estudos comprovavam que o exercício orientado por um profissional de educação física pode ajudar no tratamento. Mulheres que possuem linfedema e possuem uma prática regular de atividade relatam a diminuição da sensação de dor, peso e rigidez local. Além disso, afirmam sentir uma melhora na amplitude e mobilidade dos movimentos”.
Os tratamentos oncológicos levam à perda de massa óssea, muscular, ganho de gordura, perda da capacidade funcional, aumento da fadiga e muitos outros sintomas que contribuem para uma perda, considerável, na qualidade de vida do paciente, mas a musculação ajuda muito a minimizar esses sintomas.
“Uma atividade física não é bom apenas para o corpo, mas para a mente. Um dos principais fatores que colaboram para uma boa imunidade e um tratamento menos traumático é o positivismo, estar bem psicologicamente e, até nesses aspectos, movimentar o corpo é a melhor opção”, conta Maria Carmen.
A educadora revela que treinamentos com cargas mais altas trazem mais ganhos de força. “Fazer musculação reduz a taxa de mortalidade de pessoas que passaram pelo tratamento de câncer em até 33%. A musculação beneficia muito as mulheres com câncer de mama! Mas não se esqueça, treine sempre com a orientação do seu médico e de um profissional de educação física”, alerta.
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