Chico Pinheiro um ano após sair da globo
by rochany rocha Entrevistas

Chico Pinheiro aparece irreconhecível

O repórter Chico Pinheiro é bem famoso pela sua forma carismática de conduzir o telejornal, ele apresentava o jornal da manhã Bom Dia Brasil, da TV Globo, todo dia.

Chico Pinheiro ficou em casa, porém o que ninguém aguardava é que a quarentena fosse durar tanto e, dessa forma, o famoso já está há mais de um ano afastado da TV.

Com o povo habituado com o homenzarrão todo dia, o estranhamento de seu sumiço foi grande. Antes mesmo da pandemia, inclusive, comentários davam conta que a direção da Platinada o teria afastado por manifestações políticas do famoso nas redes sociais.

Chico Pinheiro um ano após sair da globo

Em 2017, Chico Pinheiro concedeu uma entrevista Exclusiva para a jornalista Rochany Rocha, que você pode conferir na íntegra, logo abaixo.

Entrevista Exclusiva

“Coragem, porque hoje é segunda-feira”, “Paciência, que hoje é terça-feira”, “Hoje é quarta-feira! Suave na nave”, “Calma, que é quinta-feira”, “Graças a Deus, hoje é sexta-feira, é vida que segue!”.

Essa é a forma que Chico Pinheiro encontrou de passar a mensagem de que a alegria só depende de nós e que precisamos apenas de coragem para seguirmos em frente em entrevista por telefone, ao Blog Rochany Rocha.

Rochany Rocha: Pesquisando sobre você, vi que você nasceu no Rio Grande do Sul, e não em Minas como muitos pensam, conta essa história!

Jornalista Chico Pinheiro
Chico Pinheiro deixa Globo

Chico Pinheiro: Eu sou um mineiro que nasceu no Rio Grande do Sul.

Meu pai foi fazer um trabalho lá em 1953. Ele é topógrafo e levou a minha mãe.

Nasci lá, em Santa Maria, e três meses depois eles voltaram para Belo Horizonte.

Sou paulista também, ou melhor, paulistano. Vivi 20 anos em Sampa, que eu adoro. E ganhei até título de Cidadão Honorário de São Paulo, com votos de todos os vereadores.

RR: Como Surgiu o seu envolvimento com a comunicação?

CP: Surgiu desde o tempo de escola. Sempre gostei muito de escrever, de ler… E me interessei muito pelo jornalismo impresso, porque na época que eu comecei no  jornalismo, a televisão engatinhava ainda nos telejornais.

As faculdades de jornalismo estavam nascendo e o jornalismo era mais prático. As redações abrigavam pessoas formadas em Direito, Letras, Filosofia e Sociologia.

E até pessoas sem curso superior. Mas aquele era um lugar legal pra você escrever, pra você contar histórias, fazer pensar, provocar discussões e eu sempre gostei disso. Jornal era bom pra isso.

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RR: Hoje você contabiliza quantos anos de carreira? Poderia destacar algum trabalho marcante nesse período?

CP: Desde o começo, contando o tempo de estagiário, 46 anos. Mas com carteira assinada, registrado mesmo, 41 anos.

Participei de muitas coberturas e de vários momentos interessantes da vida brasileira. Mas destacaria o processo do impeachment de Collor, que eu cobri pela TV Bandeirantes e que me rendeu até algumas premiações.

RR: Acompanhando o programa Sarau, dava para sentir o quanto você curtia o programa, qual sua relação com a música?

CP: Minha mãe sempre gostou muito de música, ela tocava piano e eu fui criado ouvindo muita música desde pequeno. Todo tipo de música.

Nos anos 1980 com a produção do Milton Nascimento, no Quilombo Produções, acompanhando shows em viagens pelo Brasil e exterior, gravações de discos e acabei me envolvendo profissionalmente com o tema.

Editava também para o Quilombo um jornal tabloide quinzenal, com notícias da música brasileira e entrevistas exclusivas com grandes artistas.

Chegamos a levar o grande Tom Jobim para uma entrevista em BH, onde funcionava o Quilombo. Ele passou uma tarde inteira conosco.

RR: Em algumas matérias do Bom Dia Brasil você faz colocações importantes e não omite sua indignação em alguns casos. Como você vê a reação do público?

CP: Eu vejo como uma coisa natural, a televisão é quase uma conversa que a gente tem com o telespectador, acho natural que as pessoas reajam, falem… É mais para fazer as pessoas refletirem sobre a notícia.

Não acho que seja o lugar de dar a palavra final , não sou dono da verdade. É mais para que as pessoas pensem sobre os assuntos do seu cotidiano, do Brasil e do mundo.

Eu gosto de colocar algumas questões para que as pessoas pensem.

RR: E com as redes sociais? Você só usa o Twitter, porquê?

CP: O Facebook é mais para quem gosta de curtir, conversar, postar e se mostrar, e retomar amigos antigos. O Facebook é lugar de encontros. O Twitter já é uma coisa mais curta.

Eu uso o Twitter para lançar algumas questões, uso muito para ler notícias. Através do Twitter, dependendo de quem eu esteja seguindo – jornalistas, professores, historiadores, revistas, jornais, as televisões  do mundo inteiro e pessoas comuns –eu posso ter informação rápida sobre vários assuntos.

Coisa que pelo Facebook seria mais difícil. Na verdade eu não tenho muita paciência não. Isso toma muito tempo da gente.

RR: E a paixão pelo Atlético Mineiro é desde sempre?

CP: É ! Eu sou atleticano desde sempre. Eu sou torcedor do Atlético, sou conselheiro benemérito do clube.

Eu digo que ser Galo está no DNA: eu já nasci atleticano, nunca deixei de ser atleticano e eu costumo dizer que a gente não torce pra um time de futebol, a gente é atleticano.

Quem torce pra time de futebol é outra coisa. A gente é atleticano. Não importa se venceu, ou se perdeu.

Claro que se vencer é melhor, mas a gente seghue apaixonado de qualquer jeito. A gente é atleticano por inteiro.

RR: Quem assiste ao Bom Dia Brasil fica sempre à espera de suas máximas. De onde surgiu a ideia de incorporar essas sacadas ao jornal?

CP: Surgiu naturalmente. O “Graças a Deus, hoje é sexta-feira” surgiu muito antes do Bom Dia Brasil. Eu acho legal isso.

Muita gente acha que é porque eu estou com preguiça, à espera do fim-de-semana, mas não é nada disso. Eu adoro trabalhar, ou melhor, trabalhar não,  porque eu não trabalho: graças a Deus, eu me divirto.

A gente não se sente aborrecido com o trabalho quando se ama o que se faz.  E o “Graças a Deus sexta-feira” é um agradecimento a Deus por ter vivido mais uma semana, ter feito algumas coisas boas. Algumas que prestam.

E “Vida que segue”, surgiu depois. Uma pessoa falou comigo em uma conversa e achei legal.

Quarta-feira, gosto de brincar com “Suave na Nave”, porque um auxiliar do setor administrativo da Rede Globo, um dia chegou pra mim e disse:_E aí tudo bem? Suave na Nave? Achei legal e um dia falei:_Estamos no meio da semana, estamos navegando e saiu o “Suave na Nave”.

Segunda-feira eu falo “Coragem!” porque temos uma semana inteira pela frente. Esse “coragem” da segunda-feira é uma homenagem ao meu padrinho jornalista, meu paraninfo.

Alguém a quem muito admirei e  que faleceu há pouco mais de um mês: Dom Paulo Evaristo Arns, que foi cardeal-arcebispo de São Paulo, e que era também jornalista, sindicalizado e tudo mais.

Dom Paulo, durante a ditadura, sempre me saudava dizendo “Coragem! Coragem!” . Esta é uma pequena uma homenagem que eu faço a ele.

 

 

 

 

 

 

Sobre o Autor

Rochany Rocha

Oi! Sou Comunicadora Social, com habilitação em jornalismo, o que me deu oportunidades incríveis de dirigir uma grande rádio, além de trabalhar como assessora de imprensa de grandes instituições públicas e privadas. Como Docente, tive a oportunidade de compartilhar meus conhecimentos com mais de 2 mil alunos. Já a especialização em Marketing e Jornalismo político me deu a oportunidade de conhecer pessoas incríveis e hoje, me realizo informando coisas boas para meus leitores.
Sou mãe de dois meninos lindos, que me dão motivação diária para fazer o que mais amo. Quer saber um pouco mais? Então manda um e-mail para blogrochanyrocha@gmai.com e terei o maior prazer em respondê-los. Beijos!!

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