O slow fashion é um movimento que surgiu em 2007, na Inglaterra, pela pesquisadora de moda Kate Fletcher com objetivo de respeitar os processos de produção das roupas e o tempo de cada um deles, além de valorizar as pessoas envolvidas nesses processos e incentivar a produção local.
Toda essa história começou por conta do ranking de produção que mais polui e a moda tem lugar cativo nessa lista, chegando a ser o segundo lugar das indústrias mais poluidoras do mundo.
Diante disso, respeitar os processos de produção das roupas inclui a preocupação com durabilidade, o que tem feito as marcas investirem em matéria-prima de qualidade para que suas roupas durem o maior tempo possível em boas condições de uso, contribuindo para que a moda seja mais sustentável, tanto social quanto ambientalmente.
Máscaras: o novo must-have da temporada
Os impactos ambientais variam de acordo com o tipo de matéria-prima, que são em geral: fibras naturais ou fibras sintéticas.
Na produção de fibras naturais, como o algodão, por exemplo, os principais impactos ambientais são a poluição do ar e da água.
Os combustíveis das máquinas agrícolas utilizadas nas plantações liberam no ar gases poluentes.
Ainda no plantio, o uso de defensores químicos causa a contaminação de lençóis freáticos, que também ocorre nos processos de branqueamento ou tingimento do tecido já pronto.
Uma opção mais sustentável é o algodão orgânico, que não envolve o uso de pesticidas ou fertilizantes no plantio.
Por conta do custo mais elevado, porém, o algodão orgânico ainda é pouco usado, em comparação com o algodão convencional.
De origem orgânica ou convencional, as fibras naturais apresentam uma grande vantagem em relação às fibras sintéticas: durabilidade.
As fibras sintéticas, como o poliéster, muito utilizado na fabricação de roupas, são produzidas a partir do petróleo, uma matéria-prima não-renovável.
Vale lembrar que a indústria do petróleo ocupa o topo do ranking das indústrias mais poluidoras do mundo.
Além de menor durabilidade e dos grandes impactos ambientais de sua produção, os tecidos sintéticos ainda apresentam outro grande problema: os microplásticos.
A cada lavagem, os tecidos sintéticos liberam partículas de plástico de tamanho microscópico responsáveis pela poluição dos rios e mares e pela contaminação da vida aquática.
Um estudo da Universidade da Califórnia afirma que pelo menos 40% permanecem na água mesmo após tratamento nas estações de esgoto.
Moda inclusiva: A mais nova tendência do mercado
Tudo isso deixa muito claro que a grande questão “poluir ou não poluir” e sim “como poluir menos?”. O slow fashion tem apontado um caminho mais sustentável para a moda mas nessa jornada o consumidor tem papel fundamental.
Consumir moda com consciência envolve consumir menos e, tão importante quanto, consumir melhor.
É perguntar-se de onde vieram suas roupas, pensar no impacto de sua produção e investir em peças que durarão muito mais do que dura uma tendência.
Aí entram as profissionais de moda, com a coloração visual, te ajudando a descobrir melhor o que te veste bem, e as consultoras de estilo, te auxiliando para compras mais conscientes.
Deixe um comentário