Além de possivelmente ajudar a proteger o fígado, o café também pode ajudar à aumentar a longevidade de pessoas que sofrem com câncer de cólon, assim como apontou um novo estudo publicado recentemente na JAMA Oncology.
A pesquisa contou com a participação de 1.171 pacientes, onde os pesquisadores descobriram que o aumento da ingestão de café estava diretamente associada a um menor risco de progressão da doença e morte. Ao decorrer das testagens, os participantes foram convidados a preencher um questionário que indagava sobre dieta, bem como hábitos de consumo do grão. Os dados foram coletados ao longo de uma série de anos, mais especificamente de 2005 a 2018, e, depois, analisados entre maio e agosto de 2018.
Resposáveis pelo estudo descobriram que aqueles que costumavam beber uma xícara de café por dia possuiam uma taxa de sobrevivência 11% maior do que aqueles que não o faziam. Eles também tiveram um aumento de 5% na taxa que indicava a possibilidade de viver sem progressão, ou seja, viver sem que o câncer piorasse.
Enquanto isso, aqueles que bebiam ainda mais café, ou mais de quatro xícaras por dia, tinham uma taxa de sobrevivência ainda maior, em torno de 36% , além de uma taxa de aumento de 22% de vida livre de progressão.
Os pesquisadores estudaram os efeitos do café normal, assim como o descafeinado, e descobriram que os dois se mostraram benéficos. Chen Yuan, o co-autor do estudo do Dana-Farber Institute, associado à Harvard Medical School, disse à Harvard Gazette que os efeitos antioxidantes e antiinflamatórios do café podem ter desempenhado um papel nas descobertas.
“O consumo de café pode estar associado à redução do risco de progressão da doença e morte em pacientes com câncer colorretal avançado ou metastático”, concluíram os pesquisadores. Porém, são necessárias mais pesquisas para entender melhor como o café, de fato, funciona com a biologia humana.
“Embora seja prematuro recomendar uma alta ingestão de café como um tratamento potencial para o câncer colorretal, nosso estudo sugere que beber café não é prejudicial e pode ser potencialmente benéfico”, Kimmie Ng, uma autora sênior do estudo também do Dana- Farber Institute, disse ao Harvard Gazette.
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