Estamos cansados das videoconferências. Fato. O que lá atrás pareceu a salvação da lavoura, “uma mudança de hábito incrível e que veio para ficar”, hoje nos dá nos nervos e nos provoca cansaço antes mesmo de começar.
Ou não tem sido assim com você?
Nos Estados Unidos, criou-se até um termo: Zoom Fatigue ou “Fadiga do Zoom”. Essa fadiga, ou esgotamento, se dá pela sensação desgastante que temos após fazer muitas chamadas de vídeo pelo aplicativo.
Alguns especialistas afirmam que a culpada é a tecnologia, que sobrecarrega o nosso cérebro.
Quem apresenta “Fadiga do Zoom” se sente ansioso e estressado antes de uma videoconferência e relata cansaço, esgotamento mental e até ansiedade.
O Zoom nunca esteve só. A sensação pode vir do Skype, WhatsApp, FaceTime, Meets e Teams, apps que não param de crescer nessa pandemia, faturar, e dar filhotes.
Estar no vídeo o dia todo cansa a beleza e acaba por desgastar uma relação necessária e que tem tudo para dar ótimos frutos nas próximas décadas: o nosso casamento com a tecnologia.
A videoconferência, que nos salvou do isolamento e nos permitiu trabalhar remotamente, ganhou status de desafio – desafio de não se irritar, desafio de prender a atenção do interlocutor, desafio de não perdermos a nossa.
1. Invista nos equipamentos
Na existe nada mais desanimador do que um colega de trabalho cujo computador trava em momentos-chave, cujo som não sai e a imagem lembra a Internet discada. Se a empresa é média ou grande, busque dividir com ela este investimento. Se ela não aceitar, o que pode acontecer, um pau-de-selfie com tripé, uma ring light (anel de luz com lâmpadas LED) e um microfone (headset, lapela ou mesa) já tornarão sua experiência 100% diferente da anterior.
2. Reinvente a sua comunicação
Tão importante quanto ter equipamentos de valor é saber se comunicar através deles. Explico: com a chegada maciça da comunicação remota, a maneira como interagíamos e retínhamos a atenção do nosso interlocutor mudou. Hoje a velocidade da fala, a relevância da mensagem e o tempo de processamento são outros. Interagir sem perder o colega de vista, passar mensagens corretamente e impacta-los com isso exige um novo ritmo, um novo storytelling e, acima de tudo, uma estratégia que seja coerente com o seu modelo de negócio.
Sim, pode parecer loucura, porém, muita gente está aderindo novamente ao bom e velho telefone para resolver a vida. Por incrível que pareça, o telefone, em alguns casos, acaba sendo mais efetivo porque, quem fala, não precisa ficar parado olhando para a tela. Pode falar ao telefone sem a pressão adicional do vídeo nos deixa mais confortáveis para andar, ajeitar a roupa ou até comer e beber. É de bom tom, antes de a reunião começar, perguntar se a pessoa do outro lado aceita essa condição.
4. A linguagem corporal conta
Quando estamos frente a frente com o nosso interlocutor, o contato visual direto facilita as coisas. Quando a conversa é por vídeo chamada, fica mais difícil. O segredo, então, está em analisar os gestos das mãos, as microexpressões e a linguagem corporal. Estas são pistas duram frações de segundo, mas que, neste contexto passam a ser essenciais.
5. Reduza
Sim, busque reduzir o número de chamadas de vídeo diárias. Se esta não for importante ou demorada o suficiente para justificar um Zoom, combine com o seu interlocutor de enviar-lhe um e-mail, um documento compartilhado ou apele para o bom e velho telefone.
Cuide da saúde mental. Acamado, as suas chances de mudar o mundo são quase zero.
*Marc Tawil/ Época Negócios
Deixe um comentário