Nos últimos meses, conferimos toda produção dos desfiles internacionais, com a participação de grandes marcas do mercado de moda, e hoje chegou a vez do São Paulo Fashion Week – SPFW. O que há em comum entre eles? A pandemia e os lançamentos no formato digital.
Para comemorar os 25 anos de SPFW, o evento vem com o tema Moda e Arte para transformar e realiza uma série de ações que reverenciam a pulsão criativa plural e diversa.
No primeiro dia de evento, foram apresentadas as coleções de Fernanda Yamamoto, Victor Hugo Mattos, Irrita, Isabela Capeto, além do evento de celebração dos 25 anos, apresentação de Lenny Niemeyer e projeção dos desfiles em pontos da cidade.
Analisando o desfile de Fernanda Yamamoto, observamos que o tempo destinado à campanha foi usado mais para explicar o conceito e a proposta do que as peças em si.
De acordo com a estilista, a ideia foi trazer para as estampas a poesia dos palíndromos [frase ou palavra que se pode ler, indiferentemente, da esquerda para a direita ou vice-versa].
“As palavras foram escolhidas a partir das expressões da equipe do atelier, onde esculpimos em madeira cada letra, para criarmos os carimbos e utilizarmos na estampa”, conta Fernanda.
As letras foram esculpidas pelo grupo Ybyatã e a apresentação contou com o coral de Jovens do Estado de São Paulo, usando como tema a palavra “SOMOS”.
“A mensagem é a moda como suporte para falar dos dias de hoje. O que sentimos no momento da pandemia”, reafirma a estilista.
A segunda apresentação foi de Vitor Hugo Mattos. Na proposta do estilista, já podemos ver peças produzidas de forma manual, como o crochê e o bordado, além de uma matéria prima orgânica.
“Passei um período isolado na Bahia, por conta da pandemia, e tive a oportunidade de observar o dia a dia mais tranquilo do local”, conta Victor.
Ainda de acordo com ele, a ideia principal da coleção é mostrar “o poder curativo do sol”. E ele conseguiu representar, brilhantemente, com uma locução perfeita de Letrux, somada a beleza de Emilly Nunes.
Rita Camparato e Lia Camargo estrearam na SPFW com a marca IRRITA. A proposta da dupla foi mostrar a principal característica do ser humano, que é a facilidade em se “ADAPTAR”.
“Ficar em casa, fazer tudo em casa e se arrumar para ficar em casa fez da roupa nossa melhor amiga”, foi com essa ideia que Rita e Lia confeccionaram peças com um DNA autoral, com uma modelagem mais solta, confortável e estampas que retratam a sensação de movimento.
O último desfile foi da Isabela Capeto que trouxe a coleção “Brotar” para o aterro do flamengo. A apresentação foi feita por 5 bailarinos, mostrando a “dança das peças, o movimento da roupa rodada”, como explica a estilista.
O diferencial da coleção de Isabela é a possibilidade de compra imediata das roupas, que estão disponíveis nas lojas e no site oficial da estilista.
Bom, depois de assistir a todos os desfiles de modo virtual, senti a emoção de estar na “primeira fila” dos grandes eventos de moda. Embora tenha sentido falta de todo glamour que essas encontros possibilitam a partir da presença de celebridades, na passarela e fora dela, do jogo de luz e da sonorização, aguçando todos os nossos sentidos no desfile ao vivo. A expectativa é que possamos estar, presencialmente, no SPFW de 2021.
O evento acontece de 04 a 04 de novembro. Serão mais de 500 conteúdos programados, durante 05 dias, em todos os canais do SPFW e com projeções mapeadas nas cinco regiões da cidade.
Aqui no Blog Rochany Rocha você acompanha, diariamente, o resumo dos desfiles. Fica acompanhando!
Deixe um comentário