Saúde

Dermatologistas alertam sobre o que pode ser errado em tratamentos estéticos caseiro

 

O “faça você mesma” virou mote na pandemia — quem não deu mais importância ao skincare, fez as unhas em casa ou até mesmo se aventurou em cortar e pintar o cabelo? É positivo ter mais autonomia na hora de cuidar da beleza. Mas existe um limite que não pode ser ultrapassado. Uma coisa é não acertar o tom da tintura, outra bem diferente é colocar em risco a saúde.

Aprender o autocuidado é realmente fantástico, mas somente um especialista que estudou para realizar determinada função é capaz de exercê-la com segurança. Além da questão estética, de não se conseguir o mesmo resultado profissional, temos que considerar também os riscos com soluções caseiras.

Produtos e substâncias aparentemente inofensivas são capazes de desencadear irritações e alergias. “Procedimentos realizados de forma incorreta, ou com aparelhos não confiáveis, podem provocar queimaduras na pele e até necrose tecidual no local, com consequentes manchas e cicatrizes”, alerta Cibele Tamietti Durães, dermatologista da Clínica Leger, no Rio de Janeiro.

Como cada pele é única, até mesmo uma esfoliação com açúcar pode machucar. “O açúcar cristal tem bordas irregulares, passíveis de ferir a pele em alguns casos, principalmente se utilizado com muita pressão. Grânulos grosseiros devem ser evitados no rosto, pois podem desencadear reações como marcas e manchas”, fala Cibele. O ideal é usar esfoliantes desenvolvidos especificamente para esse fim, com grânulos de bordas uniformes.

 

Mesmo ativos consagrados inspiram cuidados, caso do ácido retinoico, empregado para redução de rugas e linhas de expressão. A substância, também chamada de vitamina A ácida ou tretinoína, não deve ser usada sem que haja a prescrição de um dermatologista. “Estamos falando de um ácido que pode provocar irritabilidade, hipersensibilidade, até uma queimadura, quando mal utilizado, em concentração acima do que a pele pode suportar”, fala Claudia Marçal, dermatologista de São Paulo. Outro ativo “problemático” é a hidroquinona, para manchas. “O uso não adequado, sem prescrição médica, pode resultar em mais manchas, ressecamento e piora da qualidade do tecido cutâneo”, afirma Abdo Salomão.

Ainda mais arriscada é a remoção de pintas e verrugas em casa. “A lesão, aparentemente inofensiva, pode ser um câncer de pele. Tentar removê-la de forma inadequada não só dificulta o diagnóstico como piora a evolução do problema, agravando a doença”, alerta Cibele Tamietti Durães. Há outro risco, segundo a médica: “O próprio processo de remoção pode causar agressões na pele, dificuldade de cicatrização, manchas e cicatrizes”.

 
*Vogue

Sobre o Autor

Caren Diniz

Caren Diniz é jornalista formada em 2010 pela Universidade Paulista. Nascida e criada na capital de São Paulo, se mudou para Serra Talhada em 2011, e desde então, atua em veículos de comunicação locais, como a rádio Cultura e a Tv Asa Branca, afiliada Rede Globo.
Caren costuma escrever sobre jornalismo diário, e destaca histórias de personagens locais.

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