Podemos analisa os acontecimentos que transformaram a moda no mundo, por meio da história e dos símbolos ligados ao comportamento das pessoas nas últimas décadas.
Com isso, podemos entender como viemos parar neste momento de supervalorização da imagem, hedonismo e, por que não dizer, narcisismo.
ANOS 50
Vamos começar nossa história pela década de 50, a década do clássico, do glamour cinematográfico, das fantasia com Marilyn Monroe, Brigitte Bardot e Elizabeth Taylor.
Nesta década, Dior lançou o New Look, trazendo saias amplas com cós mais ajustados, afastando a penúria dos tempos de guerra.
Por causa desse paralelo entre a moda e a etiqueta social, esse período foi marcado pela moda do bem-comportado e pela elegância dos chiques.
Inspiração: estilo elegante/contemporâneo
ANOS 60
Nos anos 60, o mundo aceita a moda informal, oriunda das celebridades das passarelas, dos palcos, do esporte e da política, sendo considerada a década das revoluções.
Portanto, foi nessa época que as mulheres passaram a usar minissaia, tomam pílula, o feminismo está em alta e a magreza vira ícone de beleza no mundo inteiro.
É nesse período que os jovens passam a ser a nova categoria de consumidor.
Ao final da década, a moda flower power dos hippies vai tomando o lugar do pop. A moda era ser revolucionário e ser chique nos anos 60, era ser rebelde. Quem nunca, né?
Da rebeldia para a década da curtição foi um pulo!
ANOS 70
Muitos foram os acontecimentos que transformaram a moda no mundo. Na década de 70, por exemplo, surge o conceito do unissex, junto ao movimento pela liberação do homossexualismo.
Posteriormente, os homens começam a usam calças boca-de-sino e as mulheres usam shorts de alfaiataria.
Como resultado, o jeans também ganhou destaque nesse período, sendo a peça mais usada em qualquer horário do dia. Além de muito gloss e brilho nas makes.
Bem no finalzinho da década, o movimento punk foi deixando o estilo hippie pra trás, fazendo a moda da liberdade e ser chique era ser alguém experimentador.
ANOS 80
Libertos e experimentadores deram espaço para a década do poder. Nos anos 80, a AIDS brecou a curtição e enalteceu o poder.
Armani inovou com o terno desabado para os homens e blazer com ombreiras para as mulheres. Além disso, é nesse período que a obsessão pelo fitness subiu à cabeça da turma e o jogging explodiu.
Na década em que a moda era ser poderoso, o que não tinha nada de chique, o sucesso na área da beleza ficou por conta do gel no cabelo masculino e na cabeleira crespa das meninas, associada a make super exageradas, tendo como cor preferida para sombra dos olhos o azul.
ANOS 90
Chegou a década da individualidade. Nos anos 90 o básico entra na moda e o minimalismo é o grito de guerra contra o exagero, consequentemente, as transformações aconteceram.
A globalização foi um dos acontecimentos que transformaram a moda no mundo, pois refletia a moda fragmentada das tribos nas ruas, com destaque para as marcas: Versace, Gucci e Prada. O lema era: o mundo é fashion. E era mesmo! Estar na moda era ser único, e isso poderia sim, também ser considerado chique.
ANOS 2000
Chegou a década das celebridades. Nos anos 2000 a moda era a customização. As roupas exclusivas, produzidas pelas próprias mãos.
Nesses anos, na área da estética, o silicone invadiu as clinicas e deixou os looks fitness de molho. As cirurgias plásticas resolviam o que as academias não conseguiam.
É nessa década que acontece a explosão da internet, da comunicação em rede e das câmeras on-line, devassando a intimidade das pessoas. O mundo é digital e todo mundo quer seus 15 minutos de fama. A moda era ser celebridade, não importava se poderia dar em vulgaridade ou não.
Em suma, a revolução sustentável foi o grande marco da moda na década de 2010. Ou seja, a difusão das redes sociais foi responsável por lançar tendências e consumidores diferentes.
Até essa década, o consumo era inconsciente e excessivo. Sem os influenciadores, as tendências eram pulverizadas em publicações especiais das novidades que eram vistas nas passarelas, e o público corria para as lojas.
Nessa época, inclusão, diversidade e sustentabilidade eram temas latentes, mas ainda restrito aos vendedores. Apenas depois das redes sociais que as pessoas passaram a defender seus ideais diante das marcas que consumiam.
Em primeiro lugar, o Intagram foi o maior responsável pelas mudanças que aconteceram nesta década. Pois ele fez nascer as influenciadoras, que contagiavam as grifes de luxo, com a possibilidade de atingir milhões de consumidores com custo bem menor dos que aqueles feitos em revistas.
ANOS 2010
Depois, ele foi responsável por apresentar quem está por trás das grandes coleções, por exemplo. É na década de 2010 que os diretores criativos passam a assumir um papel importante nas redes sociais, tornando-se estrelas.
Enquanto as celebridades passam a investir em marcas de roupas acessórios e produtos de beleza, a monarquia volta a retomar as manchetes de moda. O que aconteceu com a chegada de Kate Middleton na família real, mostrando seu lado fashionista, uma beleza singular e estilo elegante.
Da mesma forma, Megahn Markle também quebrou os protocolos da realeza, lançando sua marca de roupas e se tornando a figura mais influente do mercado têxtil.
Mas, a grande descoberta para esta década, sem dúvida alguma, está na moda plus size, que abriu espaço para a inclusão, não só para as mais gordas, mas também para pessoas com necessidades especiais.
Como resultado, vimos a inclusão na moda, como, por exemplo, a atitude da cantora Rihanna, que aceitou a luta e trouxe, no seu desfile da Label, modelos das mais variadas formas, gordos, negros, homossexuais e transexuais.
Como resultado, a moda deixou de ser binária, os tênis viram artigos de luxo e as logomarcas das empresas passam a fazer parte da estamparia.
ANOS 2020
Entramos em outra década, com a pandemia do novo Corona Vírus e já adianto: O pijama foi peça-chave para o ano de 2020 e base para a construção da moda nos anos que vem por aí.
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