A educadora e ativista pelos direitos dos deficientes visuais Dorina Nowill é homenageada pelo doodle do Google nesta terça-feira, no centenário do seu nascimento. A paulistana morreu em 2010 aos 91 anos de idade e dá nome à Fundação Dorina Nowill, intituição especializada na produção e distribuição gratuita de livros acessíveis aos deficientes visuais .Parte superior do formulário
Conhecida como a “dama da inclusão”, Dorina de Gouvêa Nowill nasceu na cidade de São Paulo em 1919 e ficou cega aos 17 anos, vítima de uma doença não identificada. Ela foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo, e ainda colaborou para a integração de outra menina cega na mesma escola. Dorina também contribuiu para a elaboração da lei de integração escolar, regulamentada em 1956.
Em 1946, tendo conhecimento da baixíssima produção literária adaptada para pessoas com deficiência visual, ela criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, aumentando a produção de livros acessíveis no país. Nowill também chegou a se especializar em educação de cegos no Teacher’s College da Univerisdade Columbia, em Nova York. No ano de 1948, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil recebeu uma imprensa braille completa, com maquinários, papel e outros materiais, doação da Kellog’s Foundation e da American Foundation dor Overseas Blind.
A educadora foi homenageada pelo cartunista Maurício de Souza, em 2004, após servir de inspiração para a criação da personagem Dorinha, uma menina cega que passou a fazer parte das histórias da turma da Mônica.
No site da fundação que leva seu nome, a educadora é lembrada como uma pessoa “à frente do seu tempo” e uma “mulher que enxergava o mundo com os olhos da alma”.
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