Na manhã desta segunda-feira (02), a neozelandesa Lauren Hubbard, de 43 anos, mesmo sem fazer um lugar no pódio, a atleta fez história e terá seu nome lembrado por ser a primeira atleta transgênero a participar das Olimpíadas.
Na categoria acima dos 87 kg, Hubbard não conseguiu se classificar para a última etapa da competição, pois não concluiu nenhuma das três fases no levantamento de peso.
Com o nome de Gavin, de acordo com as informações da Revista Veja, ela competiu como homem até os 30 anos, e em 2013, com 35 anos, fez sua transição de gênero.
Os resultados começaram a aparecer em 2017, ano em que ela conquistou o vice-campeonato mundial e veio sofrer com diversas lesões.
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O Comitê Olímpico Internacional (COI), tem um regulamento que exige que cada mulher deve apresentar níveis de testosterona abaixo de 10 nanomoles por litro, 1 ano antes da pandemia, no mínimo.
O diretor médico e científico da COI, Richard Budgett, disse em entrevista antes da competição, que ela é mulher e estava competindo sob as regras da sua federação e que era importante prestar essa homenagem, especialmente por sua coragem em se classificar e competir para Tóquio.
Ela negou que levasse alguma vantagem, mas a justificativa não convenceu muitos os adversários.
“Eu treinei toda minha vida, e essa transição aconteceu tarde. O que as pessoas não percebem é que parei de levantar peso em 2001, quando tinha apenas 23 anos. O mundo mudou. Sinto que estou em um lugar onde posso treinar, competir e lidar com tudo isso: a pressão de um mundo que não foi realmente feito para pessoas como eu.” Disse ela, ao Daily Mail.
O debate sobre a participação de pessoas transgêneros no esporte é uma discussão importante. As diretrizes do Comitê Olímpico Internacional de 2015, permitem a participação de pessoas trans em competições oficiais. Infelizmente, não tivemos nenhum atleta brasileiro transgênero nas Olimpíadas de Tóquio 2020.
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