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Candidíase Crônica, quem nunca teve?

A mulher que nunca sofreu desse mal, que atire a primeira pedra! Sim, pois quando chega o desconforto, quase sempre sabemos do que se trata. Mas porque isso acontece? Para esclarecer todas as nossas dúvidas sobre esse assunto, nós conversamos com o Médico Ginecologista, Dr. George Conrado.
Logo de cara, o médico ressaltou que é importante saber que a Candidíase é uma doença causada por fungos, especificamente pelo gênero Candida, sendo mais frequente a espécie Cândida Albicans, que pode se manifestar na pele (micoses), boca (mais conhecido como “sapinho”), estômago, intestino e no órgão genital feminino e masculino.
“Várias são as causas para o aparecimento da Candidíase: sistema imunológico baixo, disbiose intestinal (desequilíbrio na flora intestinal), roupas íntimas de tecido sintético bem como apertadas, má higiene pessoal, anticoncepcionais, menopausa, distúrbios hormonais e relações sexuais”, explica o médico.
Os sintomas geralmente são ardência, corrimento vaginal, vermelhidão, coceira, queimor, inchaço, desconforto na relação sexual, irritação. Esses sintomas são mais frequentes na mulher, pois apesar do homem também se contaminar, quase nunca é manifestado, tanto por questões hormonais, quanto pelo estilo de vida do homem.
“Atualmente o stress é o maior vilão na vida das mulheres. Com as atividades do trabalho, do lar, com os filhos e o marido, a imunidade feminina está sempre tendo oscilações, além de outros fatores como roupas apertadas, menstruação e uso de protetores diários. O que muitas mulheres não entendem, mesmo depois de terem realizado todo o tratamento (o marido as vezes também precisa se tratar) ingestão de remédios, pomadas e afins, a bendita sempre se manifesta depois de todo trabalhão. Para evitar que esses casos sejam frequentes, é necessário que essas mulheres revejam seus estilos de vida”, alerta Dr. George.
Por trás de tudo isso, há outros fatores que chamam a atenção e podemos co-relacionar com o por quê dessa manifestação persistente: você sente vontades incontroláveis de comer doces, compulsividade por carboidratos, toma 1 litro de café por dia ou ainda uma fadiga sem explicação? Vive estressada, com outras inflamações recorrentes? Se a resposta foi positiva para algumas dessas perguntas, é bom investigar se esse é o seu caso.
“Para o fungo sobreviver, é necessário um ambiente favorável para seu crescimento e multiplicação. Isso também é determinado pela alimentação. Simples assim: quando sua alimentação é rica em carboidratos, álcool, refrigerantes, biscoitos e massas, o ambiente intestinal fica alcalino, favorecendo o crescimento dela. E o açúcar, vinda tanto de doces, quanto de carboidratos, é exatamente do que precisa para sobreviver. Não esqueça também que o simples fato de um intestino preguiçoso ou irregular, aumenta sua resistência”, ressalta Conrado.
Hoje em dia, grande parte da população adquiriu hábitos alimentares e comportamentais que os deixam mais expostas e susceptíveis a agressores. Alimentos industrializados, embalados, junk foods, refrigerantes e outras facilidades aumentaram a demanda e procura por esse tipo de produto, fazendo com que o fator nutricional e a qualidade do alimento não seja a opção mais importante para alimentação cotidiana.
De acordo com o médico ginecologista, os fungos, quando crescem de maneira desordenada, podem favorecer que outros tipos de infecções apareçam também, aproveitando esse ambiente propício e pode influenciar em diversas reações, que vão muito além do desconforto da mulher. “Muitas mulheres tem o hábito de se auto medicar, o que é perigoso, já que existem fungos mais resistentes e outros menos. Assim, se a mulher toma uma medicação de modo inadequado, ela seleciona os mais fortes e não elimina o problema. O ideal é que o médico seja consultado para avaliar, através de exames, qual tipo de fungo essa mulher tem e realizar o tratamento correto”.
Fique alerta aos principais fatores de risco para um crescimento fúngico desordenado:
– Alimentação pobre em nutrientes
– Alto consumo de açúcares e carboidratos refinados
– Baixo consumo de frutas, legumes e verduas
– Jejuns prolongados
– Alto consumo de adoçantes artificiais
– Estresse mental e emocional (principalmente correlacionado aos fatores acima)
– Uso frequente de antiácidos, antibióticos, corticoides, anticoncepcionais, laxantes
– Higiene e roupas íntimas inadequadas, pouco ventiladas
– Cigarro
Apesar de tudo, precisamos também dos fungos para sobreviver. Mas como tudo na vida, é necessário um equilíbrio, cuide sempre da saúde . Blindando o organismo com vitaminas, minerais, antioxidantes e fitoquímicos, nem o fungo, nem nenhum outro microorganismo será forte o bastante para o aparecimento de doenças ou intercorrências desejáveis! Cuide-se sempre!
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Sobre o Autor

Rochany Rocha

Oi! Sou Comunicadora Social, com habilitação em jornalismo, o que me deu oportunidades incríveis de dirigir uma grande rádio, além de trabalhar como assessora de imprensa de grandes instituições públicas e privadas. Como Docente, tive a oportunidade de compartilhar meus conhecimentos com mais de 2 mil alunos. Já a especialização em Marketing e Jornalismo político me deu a oportunidade de conhecer pessoas incríveis e hoje, me realizo informando coisas boas para meus leitores.
Sou mãe de dois meninos lindos, que me dão motivação diária para fazer o que mais amo. Quer saber um pouco mais? Então manda um e-mail para blogrochanyrocha@gmai.com e terei o maior prazer em respondê-los. Beijos!!

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