A pandemia da Covid-19 está nos fazendo repensar a maneira como compramos, trabalhamos, viajamos e nos reunimos. Quando sairmos dessa crise, o mundo será diferente.
O mercado, negócios e o consumo serão completamente diferente do que já estávamos acostumados e, com isso, o olhar para a inclusão é o que vai se destacar!
Diante disso, o trabalho com moda deve ser focado na autonomia e desenvolvimento das pessoas.
Capacitar e treinar profissionais para a inclusão, por meio do incentivo em desenvolvimento cultural, intelectual e emocional, resulta em mão de obra mais qualificada para atender ao novo mercado que se formou.
A discussão da inclusão e acessibilidade vai além da roupa, do corrimão, rampa; este consumidor saiu do lugar de invisibilidade e veio para o centro, com mais potencial de compra e conquistou a possibilidade de ter suas necessidades atendidas com mais facilidade, por meio do serviço delivery, forçadamente instalada em grandes lojas varejistas.
Uma moda acessível tem como principal objetivo dar autonomia ao se vestir e proporcionar o bem-estar das pessoas, levando em consideração as necessidades físicas, sensoriais e auditivas mas também olhando de uma forma ampla para a diversidade de corpos, sem abrir mão do conforto, do design e do estilo, proposta inserida dentro do que chamamos Design Universal.
Design Universal ou Design Inclusivo, que significa “design que inclui” e “design para todos”, é focado no design de produtos, serviços e ambientes a fim de que atendam o maior número de pessoas possível independente de idade, habilidade ou condição.
A moda para ser acessível precisa se aliar a tecnologia para inovar na criação de suas peças. Essas mudanças permitem a criação de um design funcional e fashion, atemporal e sem gênero, pensada para a diversidade de corpos e suas características, ao invés de se olhar somente para a deficiência.
Designers bonitos e inovadores, é o que todos procuramos quando vamos às compras!
Ouvir o público é o primeiro passo para fazer uma coleção de moda acessível. A proposta do design é dar acessibilidade para as pessoas!
Destaque para a diminuição do uso de aviamentos que consequentemente gera menos impacto ambiental, uso do botão de colchete que abre e fecha sem precisar de força, a substituição quando necessária de botões por zíper e o deslocamento de costuras.
Além disso, a inclusão de bolsos em lugares estratégicos e a inserção de elástico em calças jeans e mangas de blusas, etiquetas em braille, QR code, cabides que guardam as informações das roupas, peças fáceis de regular, modelagem ampla, calçados modulares entre outras alternativas, visam oferecer praticidade e conforto a quem usa. E também empodera e eleva a autoestima.
O mercado de moda inclusiva tem se expandido no Brasil, representando um nicho promissor, segundo o relatório do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae (2015). Este consumidor, tem desejos, vontades, poder de compra e vaidade.
Deixe um comentário