A jogadora de vôlei Tandara Caixeta, oposta da seleção olímpica feminina, se pronunciou sobre seu caso de doping.
Em nota, a defesa da atleta disse ser inocente e que o contato com a substância foi acidental.
Confiamos plenamente que comprovaremos que a substância Ostarina entrou acidentalmente no organismo da atleta e que não foi utilizada para fins de performance esportiva”. – afirma o pronunciamento.
Tandara vôlei Olimpíadas de Tóquio — Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters
Tandara testou positivo para ostarina, uma substância anabolizante que aumenta a massa muscular, a força e a performance.
A defesa alega que esse não é o primeiro caso de contaminação de atletas envolvendo a substância.
“Recentemente, inúmeros atletas no Brasil foram vítimas de incidentes envolvendo a Ostarina (SARM-S22), a ponto de a ANVISA intervir para proibir a comercialização de tal substância em território nacional”.
A atleta passou pela testagem no dia 7 de julho, no centro de treinamento em Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, antes de embarcar para o Japão. Tandara ainda deve recorrer e fazer uma contraprova.
“Até o momento, sequer foi analisada a contraprova da urina da atleta (amostra B), portanto, salvo melhor juízo, não se afigura razoável qualquer pré-julgamento de uma atleta íntegra, sem quaisquer antecedentes e que há anos contribui para as conquistas do voleibol brasileiro”.
O que é Ostarina
Substância que influencia diretamente nos receptores ligados aos hormônios androgênicos, em especial a testosterona. A substância tem ação anabolizante, aumenta a massa muscular, a força e a performance.
É uma classe nova de medicamentos, não aprovada pela FDA. É da classe dos SARMS, sigla para moduladores específicos de receptores androgênicos (selective androgen receptor modulators).
No vôlei, ajuda na potência, na amplitude do salto, aumenta a força, deixa o tempo de reação mais rápido, aumenta amplitude do saque e do passe. E a pessoa se cansa menos.
Tandara testa positivo em exame antidoping para a substância proibida ostarina — Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko
Não é um medicamento de simples acesso em farmácias. Para o uso de ostarina é preciso de uma prescrição médica para a manipulação. Está sendo estudada para tratamento de sarcopenia, que é a perda de massa muscular que acontece principalmente com a idade. Mas não é recomendado para atletas porque é doping.
A possibilidade de comprar em farmácia é nula. Esse medicamento só se compra ou ilegalmente, ou manipulado.
É possível fazer a compra ilegal dessa substância pela internet e isso vem sendo usado no fisiculturismo e outros esportes catabólicos como ciclismo e corrida. É impossível a contaminação da substância em medicamentos de farmácia. E a chance de contaminação em outros medicamentos manipulados é “praticamente nula”.
Ainda não há estudos suficientes para definir quanto tempo demora para sair do organismo, mas é possível que os exames antidoping detectem com até 30 dias desde o uso.
*Com informações G1
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